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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Soneto do Pequeno agricultor


Dei suor e terra aos meus dias
Plantei sorrisos e as dores restantes
Brotaram mudas de paz ao teu lado
Alimentei-me de sossegos matinais

Meus dedos distraídos vadiavam
Em tua pele, claridade vespertina,
E pela noite vagueavam cegos
Por tuas estradas e relevos.

Dei suor, terra e alma também
Dei flores
Amor à luz de velas

O suor das sombras
Gravado na parede
Deleite das almas

Dodô Cavalcante

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