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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Recado à moda de Quintana


O que fazer das mãos? Dos versos que virão
O que fazer da dor, amor
Conta, que são horas e dias se esvaindo pelas fumaças
Tragados na próxima garrafa...
E, pasme – não há mensagens de nenhum náufrago

O meu poema, menina, o meu próximo poema,
Será sempre a carta do náufrago
que espera por socorro em vão
E a cada garrafa que porventura bebas
repara se no fundo, não está em teu alcance
a minha salvação



Dodô Cavalcante

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