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sexta-feira, 27 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Da minha decadência



Pintava de preto ou branco minhas manhãs
Hoje as pinto multicores
Com rosas por todos os lados
Flores que nunca serão fora de mim
Pois só a mim foi dado
O dom de criar flores e perfumá-las com teu cheiro
Pinto manhãs em cores de lá maior
Sem dissonância
Tudo muito simples, cores maiores
primários acordes
Versos sem rimas
Tudo muito simples e quentinho
Preguiçosamente simples
Como um amanhecer de segunda-feira chuvosa
Como aqui em baixo do lençol
Nesta manhã cinza que misturamos ouvindo Tim
As flores de agora, Neguinha,
Presenteio o universo
Fiat lux – disse Deus
e Eu te fiz o Sol
que me valeram as asas
Pois a inveja divina
Podou-me os céus

Dodô Cavalcante

terça-feira, 3 de abril de 2012

Poética III

Para Mário Quintana
É, Poeta,
o amor é mais
breve
que a vida
por mais que se
ame
noventa anos
uma mentira
bem contada
dura muito mais.

Dodô Cavalcante

domingo, 1 de abril de 2012

Camarada poeta


Para Vladimir Maiakoviski
Há um corpo
sem vida
com aspecto
lívido
em meu quarto
é um corpo
de um poeta
que morrera
sem poder
mais cantar

haveria mais
pranto
poeta
e vens agora
me dizer
vieste do
futuro poeta
ou foste tu
futurista
ao morrer


em uma bala
cabe a dor
de mil versos
ouço-te
falar
quantas ba-
las perdidas
camara-
da poeta
doeram em vão

pela cabeça
escorre
não o sangue
mas o ideal
de felicidade
é vermelha
diz ele
feliz na des-
coberta
de felicidade

orienta-me
camarada
poeta à luz
da nova revolução
da poesia
ou é esta a
tua agonia
 –  o outro
não significa
ser novo

é nada o
que me diz
teu corpanzil
estirado
em meu quarto
camarada
poeta, admito
ter medo de            
compreender a
mensagem que
o que nos
mata não
é nada além
da já conhecida
obviedade

Dodô Cavalcante