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quarta-feira, 20 de junho de 2012

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Crença


Não acredito na paz

Que eu possa comprar



Nem mesmo no amor

Que não faça chorar



Não acredito nas rimas

De versos sem dor



Não encontro saída

Em Nosso Senhor



Não, eu não creio em jornais

Eu não ligo a TV



Não conheço do medo

O motivo de ser



Acredito em você

Acredito em nós dois



Que o amor é bem mais

E um samba em nós

Faz o mundo em paz

Dodô Cavalcante

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quero, eu

Poema escrito por Rita Lessa. Como ela me mandou sem título, tomei a liberdade de colocar um. Espero que gostem. Agradeço, desde já, a autora pela contribuição com este famigerado blog. Aos que desejarem contribuir da mesma forma é só mandar e-mail com o texto que deseja publicar para o endereço: donquesada@hotmail.com . Qualquer dúvida poderemos esclarecer via e-mail ou, se preferir, pelo twitter @cavalcantedodo. Beijos e boa leitura.


Quero alguém para todas as horas!
Quero alguém sem demoras!
Quero cuidar e ser cuidada!
Quero violas na madrugada!
Quero noites enluaradas!
Quero Carinho e respeito!
Quero acalmar as batidas do meu coração!
Quero Minha mão na tua mão!
Quero uma declaração!
não quero nada sem liberdade!
Desejo toda intensidade!
Quero um amor sem metades,quero um amor por inteiro..

Rita Lessa

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Temporal


O vento alardeou, em abril ou maio, o seguinte recado: escuta, menino... escuta a música que os outros poetas jamais cantaram! E eu bebi suas lágrimas... até que estiou.

Dodô Cavalcante

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mais do mesmo


quis sorrir, mas

em vez de mar

vento frio e jazz

aterravam o que jazia

um sorriso

um aceno

minha paz

e se ia para onde

não sabia nem se

flores restaria de

romance, alegria

ou de morte

            de aceno

                        de saída

um barco no centro

da tela

um centro no canto

da sala

um verso no meio

se cala

 no meio da testa

uma bala

pintaram a solidão

pintaram a solidão!

a sós, os dois,

quatro mãos

pintaram a solidão.

Dodô Cavalcante

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O vento, a rua e seus segredos noturnos


Olhava pela janela aberta do quarto

a rua

deserta

e só.

Quem a pintaria numa tela?



O vento cochichava segredos

os olhos

semi-serraram

serravam

os lábios presos

os dedos apertavam

os trilhos da janela

joelhos enfraquecidos

raspavam levemente a parede

e de súbito

respirava

fundo.

O que lhe trazia o vento?

Dodô Cavalcante