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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mais do mesmo


quis sorrir, mas

em vez de mar

vento frio e jazz

aterravam o que jazia

um sorriso

um aceno

minha paz

e se ia para onde

não sabia nem se

flores restaria de

romance, alegria

ou de morte

            de aceno

                        de saída

um barco no centro

da tela

um centro no canto

da sala

um verso no meio

se cala

 no meio da testa

uma bala

pintaram a solidão

pintaram a solidão!

a sós, os dois,

quatro mãos

pintaram a solidão.

Dodô Cavalcante

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