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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Poema de fim de tarde


Minha poesia é o silêncio
Espaço em branco
Entre o verso e a dor
Onde dormem demônios
E prevaricam os santos

À sinfonia das estrelas mortas
O vento dança com as rosas
Síntese do dia nesta hora lilás

De repente um estrondo
Rompe o sossego
Acordam os demônios
Oram os santos
Anunciam os anjos
O fim da poesia, da paz
Do dia

Sinto, agora, saudade
Dos versos que foram
E saudade é silêncio
Em preto e branco

E lá no alto,
bem no alto do céu,
um cometa
silenciosamente dança
à sinfonia das estrelas mortas.

Dodô Cavalcante

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