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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Flagra


Era claro
E eu sempre achei
Que nunca seria assim
Você, uma rosa, um olhar,
Mas não eram pra mim
Ainda assim retoquei um sorriso
Ensaiei um perdão

Foi tão dado
Como sempre me fez
Ao querer me fazer perdoar
Me pedia baixinho e já vinha
Em meu peito deitar
E calada chorei no meu canto
As mentiras de então

Fracassado
Um amor que um dia
Sonhei e teimei existir
Me deixei, me neguei
Por querer até me esqueci
E a renúncia vestia
Essa dor seminua de chão

Acabado
O teu beijo me mata
Agora e não é de amor
Teu sorriso me crava
No peito o espinho da flor
Teu olhar me engasga
E me acorda de um sonho em vão

Dodô Cavalcante

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