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quarta-feira, 7 de março de 2012

CONFISSÃO


Para Gustavo Henn

Meu crime ainda mora na Rua Zico.
Quem por lá passa me vê fugir, me vê morrer.
Meu corpo ainda agoniza na Rua Zico.
Eu matei a mim mesmo por vingança e covardia.
Na Rua Zico reside meu tormento,
Minha glória, minha agonia,
Minha justiça,
Meu crime.
Na Rua Zico eu cresci.
Na Rua Zico
Eu vivo-morro.

Dodô Cavalcante

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